Têem com cada ideia estes miudos!!!

Ontem, na hora do banho, a M. começa-me a contar o que se passou na escola, até que diz:

M: Oh, mãe o A. já diz que já consegue abrir o portão da escola e está a querer ir para rua e quer que eu e a I. vamos com ele.

Eu até ia tendo uma coisa má só de imaginar que eu estou no trabalho descansada a pensar que ela está protegida, e no fim pode existir uma infima hipotese de isso não ser assim. Respondi-lhe o mais calmamente possivel:

Eu: M. tu nunca sais da escola sem a companhia de um adulto que tu conheces, ouviste? Tu queres que alguem te leve e te faça mal? (Resolvi ir pelo medo e não pelo castigo, porque ela podia sempre pensar "se eu não disser, a mãe não sabe, logo não fico de castigo"). Eu não te quero perder.

M: Está bem mãe, eu não saio. Eu e a I. vamos dizer ao A. para não sair.

Eu: Olha, o melhor é eu ligar á C. (educadora) amanhã.

M: Oh, mãe não ligues. Nós não saimos.

E ficou assim. Resolvi não insitir mais com ela, mas aquilo ficou-me a martelar. Hoje de manhã, liguei á educadora a contar-lhe o que se tinha passado e pedi-lhe para não dizer à M. que fui eu que lhe disse, porque ela me tinha pedido para não o fazer e depois perdia a confiança em mim. E interessa-me que ela me continue a contar as coisas.

Quando cheguei a casa á noite, perguntei-lhe como tinha sido o dia e se o A. ainda queria ir para a rua. Ela responde:

M: Não, mãe. Sabes a C. disse que um guarda lhe contou o que o A. queria fazer. Depois ralhou com ele e ele ficou envorgonhado e percebeu que não se pode fazer. Vês mãe como foi fácil?

Eu: Pois foi, filha. Foi fácil. (Lol, grande C., bela desculpa)

O botão para abrir o portão não está acessivel aos miudos facilmente, e por norma há sempre alguem de vigia ao mesmo. Mas nunca se sabe. O que eu acho é que o miudo quando ia a sair com a mãe ou o pai, pediu para tentar e com esforço lá conseguiu. Só que para os pais foi uma coisa inocente (se fosse comigo sei que seria), mas o miudo engendrou logo a ideia de ir para a rua.

Não podemos facilitar com eles. Saem-se com cada uma, que é de nos por os cabelos em pé!